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terça-feira, 10 de janeiro de 2017

ABC dos Mistérios

..........Qualquer aproximação ao oculto ou aos mistérios é, antes de mais nada, uma extraordinária viagem através dos séculos. O seu estudo nos faz viajar do passado remoto, percorrendo períodos como a queima das bruxas na Idade Média, até o mais moderno laboratório de física nuclear. É uma viagem fantástica, uma verdadeira peregrinação, e por isso mesmo deve ser feita com toda a atenção, muita cautela, e sempre com os pés bem plantados no chão.
..........A fim de facilitar a tarefa de quem se aproxima pela primeira vez ou já está dando os primeiros passos na trilha foi que pensei em compilar alguns “murmúrios” de magos, psicólogos, rabinos e, de preferência, daqueles que já tiveram os seus escritos traduzidos para o português (neste caso mantive a ortografia do autor ou do tradutor). Em alguns casos, como, por exemplo, no de Moses Maimonides, não consegui fugir à tentação de traduzir algumas passagens dos seus textos. Por ser um ABC, deixei fora muitos nomes famosos e clássicos tais como: St. Martin, Court de Gibelin, John De, Robert Fludd e outros mais modernos, como Blawatsk, Alice E. Bailey, Fritjof Capra e Robert Wang. Os estudiosos que desejarem mais referencias podem encontrar uma fonte sem fim no livro A treasury of traditional wisdom, de Whitall N. Perry, editado pela Perennial Books Ltd. na Inglaterra, que contém 1144 páginas altamente inspiradoras. O Dicionário das religiões, de John R. Hinnels, publicado pela editora Cultrix, bem como o Dicionário de símbolos, de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant da editora José Olympio, são de grande ajuda. Isso sem deixar de indicar como praticamente indispensáveis alguns bons livros de mitologia, como os do prof. Junito de Souza Brandão, por exemplo.
..........Em outros momentos, o leitor poderá ficar pensando por que não compilei parágrafos inteiros em lugar de, quase sempre, pequenos trechos. Fiz isso de propósito, a fim de estimular o estudo dos autores mencionados. Para a tristeza dos levianos, o ocultismo ou esoterismo legitimo não existe sem muito estudo nem pode ser encontrado em cápsulas de sabedoria. Há quem afirme que esse estudo deveria ser matéria de universidade, com o que concordo plenamente; os mistérios deixariam assim de ser tão perturbadores para mentes tacanhas e falariam mais alto junto a inúmeras ciências, tal como já fizeram no passado. Por que não relembrar que alguns destes “mistérios” foram responsáveis diretos pela criação de varias ciências modernas como, por exemplo, a química – filha direta da alquimia?
..........É importante assinalar ainda que cada um aprende segundo a sua capacidade. Há por aí uma certa intolerância em relação ao conhecimento de “cada um”, sobretudo por parte daqueles que se julgam os verdadeiros donos da verdade. A intransigência traz consigo o conhecimento superficial, precário e supersticioso, quando não perigoso.
..........Muitos textos contêm opiniões contundentes, ou até contraditórias, sobre o significado de certas palavras. A meu ver, isso é altamente provocativo no sentido de gerar pesquisas.
..........Um dos livros mais mencionados é O pêndulo do Focault, de Umberto Eco, por ser uma cabala, um romance, por conter pensamentos lúcidos e engraçados a respeito de ocultismo, esoterismo e várias áreas correlatas e, principalmente, por ser muito moderno na colocação destes assuntos.
..........Às vezes alguns textos compilados são repetidos para verbetes diferentes porque obviamente tem tudo a ver com os mesmos.
A ordem alfabética é apenas para facilitar a busca. A leitura pode ser direta ou aleatória. A ordem dos fatores definitivamente não altera o produto... Ah, sim, recomendo a todos um bom dicionário etimológico. 
Introdução, páginas 7, 8 e 9

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